Realidades & Ficções I
Heródoto, Tucídides e a psicanálise
Heródoto, Tucídides e a psicanálise
No hago más que luchar siempre con la tensión entre ficción y realidad para encontrar la verdad.*
Enrique Vila-Matas
O campo de trabalho e de reflexão dos psicanalistas latino-americanos, estimulado durante dois anos pelo encontro que será realizado em setembro em buenos aires, está concentrado, em pleno trabalho a partir do par ficção/reali- dade. por esse motivo o escolhemos como tema dos dois números de Calibán deste ano. Como psicanalistas escrevemos muito a partir desse par temático, especialmente próximo à nossa estranha prática, e há muito para ser dito sobre isso, a partir de todas as filiações teóricas às quais pertencemos.
apesar de ser necessário, às vezes, afastar-se do próprio campo para entendê- lo melhor.
procuremos, então, algum estranhamento inicial, apelando –abusando de um certo esquematismo– a dois proto-historiadores gregos: Heródoto e Tucí- dides. Heródoto, considerado o pai da História, narrou os estragos do encontro entre o Ocidente, os gregos, e os “bárbaros”, o Império persa, e desse modo, a partir das suas crônicas de viagem onde reunia depoimentos, entrevistava tes- temunhas e registrava lendas, ocupou-se de retratar “o Outro”. Construiu assim o primeiro relato histórico formal, os nove livros da sua História. foram escritos em um estilo digressivo, onde o aspecto anedótico das pequenas histórias se entrelaça com os grandes episódios da grande História, onde estão registrados tanto detalhes pitorescos como datas e lugares, onde a fábula –esse outro nome da história– encontra espaço ao lado dos fatos.
Seu sucessor Tucídides, pelo contrário, narra a Guerra do peloponeso, entre atenas e esparta, mas sobretudo –para além do foco diferente da sua tarefa de historiador– realiza uma forte crítica ao método de Heródoto, colocando-se a si próprio como um historiador mais objetivo e, consequentemente, mais científico, um observador que expurgava dos relatos seu estofo novelesco e transcrevia do- cumentos e discursos de um modo científico. pela sua ótica, com certeza Heródoto era um charlatão e ele, um sábio e responsável homem de ciência.
Sem forçar demais as coisas, poderíamos situar Heródoto do lado das ficções, enquanto Tucídides se sentiria confortável junto às realidades.
Caberia conjeturar, por que não, um campo psicanalítico que –obrigado a es- colher entre uma e outra, e tensionando a corda pelos extremos– se deixe tentar pela tentativa de entender a cura como a redução progressiva das ficções que es- truturam a vida do neurótico às realidades que o esperam no final do caminho.
em outro extremo, podemos imaginar uma fração de psicanalistas que en- tendem que a ficção forma parte da mesma realidade, que não há realidade a não ser ficcional e que, em todo caso, aceitando essa crua evidência, trata-se de poder revelar a partir de algo –e, especialmente, tender a– um saber fazer melhor com essas ficções.
Talvez a única coisa que alinhave a série de textos excelentes que publicamos em Argumentos –a primeira parte dos textos pré-publicados do xxx Congresso latino-americano– seja a impossibilidade de um distinção clara e precisa entre realidade e ficção.
de um modo ou de outro, todos esses agudos artigos fazem-nos pensar em uma psicanálise que, se for fiel à verdade da sua prática, está mais na trilha de Heródoto do que na de Tucídides, apesar do que desejaríamos ou inclusive apesar do que nos conviria enquanto coletivo profissional.
Se nos sentimos um pouco incômodos dedicando nossas vidas a um ofício instável que presta tanta ou inclusive mais atenção às incoerências do sonho do que às certezas do eu vígil, aos pequenos rumores do que às grandes declarações, aos detalhes do que às panorâmicas, cujos historiais –como bem sabia freud– leem-se melhor como fábulas do que como casuística científica… Se não nos acos- tumamos completamente a habitar esse terreno de areias movediças e de poucas certezas mais do que a fé no inconsciente e a confiança em um dispositivo tão simples como maravilhoso, deveria nos reconfortar saber também o que a moderna historiografia pôde descobrir até mesmo no artífice da objetividade histórica.
Porque é claro o modo como Heródoto trabalhava, bastante próximo de como fazia freud: confiava no que escutava sem submeter isso a crítica nem filtro nenhum, prestava atenção da mesma forma tanto aos produtos da imagi- nação como à narração estrita dos fatos. Mas acontece também, contra todo prognóstico, que aquele Tucídides tão amante das realidades como crítico do seu antecessor não parece ter ficado totalmente imune ao terreno ficcional.
Há algo da máscara –científica avant la lettre– de Tucídides que cai quando começa a aparecer que –depois do esforço em relatar apenas fatos e discursos, depois da minuciosidade em evitar distrações e digressões, depois da crítica ao ca- ráter anedótico e da precisão metodológica da qual se gabava– seus escritos mos- travam algumas regularidades sugestivas. por exemplo, os discursos que transcrevia em seu purismo objetivista, mesmo atribuídos a sujeitos diferentes, pareciam-se demais entre si… e consequentemente, supõe-se, ao seu autor. e, frente à pretensa narrativa exata dos fatos inevitáveis, diante do maremágnum de relatos contradi- tórios de Heródoto, hoje em dia nota-se um cuidadoso trabalho de seleção, de omissões e mudanças, de juízos sub-reptícios e de interpretações que remetiam a um ponto de vista determinado politicamente e alinhado com o poder.
Nesse sentido, é evidente que há uma confiança de Heródoto na ficção que não se encontra talvez em Tucídides. No entanto, isso não o aproxima nem mais nem menos das complexas realidades que ambos pretendem historiar. O desejo do historiador aparece de um modo ou de outro. e como observou com clareza Michel de Certeau, historiador e psicanalista,1 existe algo negado no discurso científico que assume forma ficcional, de literatura. e nesse sentido aficção não é estranha ao real e, pelo contrário, pode estar –como Jeremy bentham queria– mais próxima do real que o discurso “objetivo”.
O dinheiro como ficção
Um exemplo evidente de como uma ficção pode ter efeitos na realidade, tanto simbólicos como imaginários e inclusive reais, é o dinheiro.
Essas notas com que nossos analisandos nos pagan a cada sessão, essas notas mais ou menos limpas ou amassadas que colocamos no bolso dia após dia e com as quais os analistas ganhamos a vida, não são outra coisa além de ficções.
Neste número de Calibán, em Vórtice, tentamos desdobrar de modo coral e plural alguns, apenas alguns dos pontos de vista a partir dos quais podemos falar de um assunto do qual, curiosamente, não se fala muito. Não se fala muito em termos teóricos –proporcionalmente a outros assuntos que são objeto da discussão analítica–, apesar de sabermos do peso libidinal que ocupa nas curas, apesar de nos reservarmos o pagamento na mão e pessoalmente a cada sessão, apesar de nos referirmos a ele, seguindo o sábio conselho freudiano, com a menor hipocrisia possível. Não se fala muito em termos teóricos apesar de ser, sim, motivo frequente de conversas informais entre analistas que, como os in- tegrantes de qualquer outra profissão liberal, nos encontramos obrigados a in- tercambiar nosso saber por metal, ou melhor, por papel.
Isso com que nossos pacientes nos pagam (apesar de pagarem também com muito mais do que o seu dinheiro) é uma ficção. Nada a encarna melhor do que o dólar. É em dólares essa medida comum, essa lingua franca das transações econômicas, com que fizemos uma comparação sucinta e apenas aproximativa de honorários em diversas cidades, e é em dólares que são medidos, geralmente, as rendas e os gastos não só na nossa região, mas sim no mundo inteiro. as re- servas soberanas dos países costumam estar “lastreadas” em dólares, como se houvesse uma realidade mais sólida –em divisas– para sustentar nossas às vezes débeis moedas nacionais. as mesmas divisas obtêm, por sua vez, garantia de bens que se valorizam e que são ambicionados como o ouro (ainda que também tenham ocupado esse mesmo lugar a prata, o sal, inclusive o gado). assim, uma “ficção” como o papel moeda circulante aparece sustentada em uma “realidade” aparente como várias toneladas de ouro em um cofre que não possui menos valor ficcional por ocupar esse espaço real ou por ser um mineral precioso e es- casso extraído das entranhas da terra.
aumentando ainda mais essa tensão entre realidade e ficção, é curioso e ilustrativo saber em que consiste o lastreamento dos dólares no único país onde são impressos legalmente, os estados Unidos. Mais de um leitor poderia pensar que a garantia é em moedas estrangeiras, mas não é assim. Ou poderia-se pensar que são lastreados em sólidos lingotes de ouro, mas também não é assim. a garantia dos dólares norte-americanos é… nenhuma, ou apenas a confiança gerada pelo Tesouro de um país poderoso. Já há muitos anos, desde 1971, a re- serva federal abandonou o ouro como garantia da moeda que emite, levando a um extremo, assim, o valor ficcional das notas verdes que muitas vezes orientam nossas vidas. existe ali, por trás desses pedaços de papel verdes e seus similares –cheques, dinheiro eletrônico, bônus ou bitcoins–, um pouco disfarçado, um certo nada.
Isso é o que evidencia a obra de Cildo Meireles, Zero dollar, que ilustra estas linhas. e também o que o sugestivo trabalho que pablo boneu –argentino nô- made residente no México– mostra através das suas instrucciones para destruir dinero, que dialoga com os textos de Vórtice.
Por trás da máscara, não há nada
Adotemos, novamente, Heródoto e Tucídides como metáforas para pensar dois modos de nos aproximarmos da realidade. poderíamos supor que, para Tucídides, uma selva de imaginações embaça a abordagem da realidade, e cabe a ele, então –ao historiador–, o trabalho de desinfetá-la de toda contaminação ficcional, depois do que apareceria, nua e radiante, a realidade real.
Heródoto, pelo contrário, como o imaginamos, não se preocuparia muito com isso. Sem deter-se sobre se o que lhe contam é verdade ou não, anota. dá assim o mesmo estatuto à realidade que à ficção e, nesse sentido, não considera que haja uma máscara que cubra o real e que lhe caiba arrancar.
Muitas vezes no nosso trabalho ajudamos os sujeitos em análise a tirar al- gumas máscaras… apenas para descobrir que aparecem outras. Nosso ofício está mais perto da ideia da máscara como lugar de onde a verdade pode ser dita –tal como emerge da entrevista com Juan Villoro que aparecerá no próximo número de Calibán– do que da ideia da máscara como disfarce, como falsidade. Não há realidade, a não ser mascarada, ficcionalizada, e por trás da máscara não cabe encontrar uma realidade última, senão esse nada que a ficção do di- nheiro vela um pouco, e que o emparenta com o objeto evanescente que funciona como centro gravitacional da prática analítica.
Algo disso parece nos mostrar o artista guatemalteco luis González palma na fotografia que aparece na capa deste número e na série de fotografias que – algumas solitariamente, outras, junto a Graciela de Oliveira– aparecem nas se- gunda e terceira capas: longe de qualquer aposta realista, suas obras são verda- deiras ficções, inventos produzidos para poder dizer a verdade.
Os artistas pegam sempre um atalho para agarrar essa verdade, sempre dita pela metade, mestiça entre a impossibilidade de ser dita completamente e a ne- cessária roupagem ficcional, que nós tentamos apreender com esforço, passo a passo, a cada análise.
A arte –como Heródoto– não faz muita diferença entre a realidade e a ficção, sabe que a realidade é ficcional tanto como a ficção é real. picasso –de quem lacan usou a prescrição metodológica que nos cai tão bem: encontrar, mais do que procurar– sabia bem disso quando dizia que “a arte é uma mentira que nos faz ver a verdade”.2
O modo como a psicanálise mudou o mundo
Desde o início deste milênio, ao se completar um século da invenção da psi- canálise, multiplicam-se os encontros que giram ao redor dos escritos fundadores da nossa disciplina, tais como o texto inaugural, a interpretação dos sonhos ou in- trodução ao narcisismo. Cabe esperar que nos próximos 20 anos nos disponhamos a reler outros tantos, de além do princípio do prazer a Construções em análise. Sempre é oportuno reler freud e sempre encontramos ali mais do que o que fomos buscar.
De nossa parte, não permanecemos alheios a essa tentação e tanto este nú- mero de Calibán–rlP como o próximo ecoarão os artigos freudianos recente- mente centenários. Só que os adotaremos um pouco como uma desculpa para entrar de cabeça na nossa contemporaneidade. aproveitaremos algumas pedras do canteiro freudiano como estímulos para produzir, para pensar.
Em O interesse científico da psicanálise, artigo publicado em 1913 a pedido de uma revista científica italiana, scientia, freud –que já contava com a fundação da sua doutrina e ao mesmo tempo tentava que o mundo visse seu potencial– fazia conjeturas sobre as possíveis contribuições a várias disciplinas. O que fi- zemos a partir de Calibán foi pegar esse bastão para avaliar, um século mais tarde, o que ficou daquele projeto freudiano, ou seja, quanto das suas expectativas de transformar ou pelo menos incidir no mundo se realizaram ou não. em que medida a psicanálise transformou ou influenciou artes e ciências tão diversas como a linguística ou a biologia, a história da arte ou a sociologia, a antropologia ou o direito não é algo que os psicanalistas possamos dizer. Não podemos porque o risco é ficarmos em discursos autocondescendentes onde acreditemos ter viajado a lugares onde somos reconhecidos minimamente; ou, pelo contrário, onde podemos ignorar um rastro fértil traçado pela descoberta do inconsciente onde não imaginávamos. portanto, convidamos prestigiosos intelectuais que irão desfolhando, no nosso Dossiê, a incidência que a psicanálise teve em suas respectivas disciplinas.
Neste número de Calibán, começamos pela pedagogia, pelo direito, pelo ci- nema, pela literatura e pela arquitetura, com textos sob responsabilidade de es- trangeiros ao nosso campo –ainda que, pelo que veremos, nem tanto– como o crítico de cinema roger Koza ou a especialista em educação Graciela frigerio, ambos da argentina, ou a jurista canadense Hélène Tessier, ou o conhecido ar- quiteto e urbanista argentino, mas radicado no rio de Janeiro, Jorge Jàuregui, ou a literata paulista Yudith rosenbaum. e isso só para começar, porque iremos traçando, a partir deste e também no próximo número, um panorama que mostre o modo como a psicanálise mudou –talvez– o mundo no último século.
O relato real
Em O Estrangeiro, o escritor –argentino, residente em Montevidéu– elvio Gandolfo aborda o mesmo tema que os autores de Argumentos e escreve –a partir do lugar de quem ganha a vida elaborando ficções– um ensaio encantador sobre a forma como realidade e ficção se cruzam, sobre a impossibilidade de uma verdadeira diferenciação.
Seu texto se ajusta perfeitamente à seção que o abriga, que tem por função nos questionar, a partir do exterior da prática analítica, para fazer repensar o que acon- tece no interior dessa prática. as peripécias de um escritor no momento de construir seus personagens, o “peso do real” nas suas referências e os “ataques de ficção” que o acometem, o afã de ser fiel e ao mesmo tempo a necessidade de evitar tornar re- conhecível um personagem, aproximam de um modo surpreendente o analista que escreve (e, consequentemente, constrói) um caso clínico do escritor de ficção.
realidade e ficção funcionam mais como na figura topológica da banda de Moebius: lá não há descontinuidade e a realidade tal como a conhecemos está tecida pelo relato, e qualquer relato –Gandolfo demonstra isso bem– obtém seus materiais no canteiro da realidade. Não há realidade –para nós, pelo me- nos– fora da possibilidade de relatá-la: um analisando no divã conta sua realidade refletida pelo seu fantasma; tanto o sonho que às vezes nos conta como as peri- pécias do seu dia ou inclusive a narrativa que nós mesmos podemos fazer de uma sessão ao construí-la como caso clínico são relatos.
Mas relatos reais, para citar o oximoro com que Javier Cercas cercou a crônica, com precisão: relatos que são inventos, mas inventos que sustentam uma aposta ética, a da fidelidade ao real. e nessa aposta, pela via do rodeio da ficção, conseguem destilar algumas gotas de verdade das quais sentimos falta nos relatórios etnográficos, nas descrições que objetivam encaixes tipológicos ou nas transcrições obsessivas pelas quais o cientificismo tem uma fraqueza. Uma história clínica analítica, a de dora ou a do pequeno Hans ou qualquer uma das que construímos diariamente são, a seu modo, relatos reais, crônicas dessa viagem que fazemos com nossos analisandos para ajudá-los a se conver- terem no que são de verdade.
O afã historizador atravessa este número também de outra maneira, ao contar com uma entrevista com Élisabeth roudinesco, responsável por algumas obras canônicas sobre a história de uma disciplina que dá lugar à história como poucas. a entrevista que publicamos em Textual é a primeira que fazemos nessa seção com alguém que é psicanalista, além de historiadora, e a primeira feita com alguém de fora da américa latina. Sua perspectiva é duplamente va- liosa porque, a partir da autoria, junto a Michel plon, do Dicionário de psicanálise e de outros projetos, tem uma amplidão de olhares incomparável sobre o estado da psicanálise no mundo, mantendo-se, além disso, alheia a olhares que, por lealdade a uma ou a outra instituição, poderiam empobrecer a leitura do con- junto.
Como roudinesco não se caracteriza exatamente por ser complacente, po- demos levar a sério o que afirma com relação à psicanálise da nossa região e à sua potência clínica, às vezes ignorada ou inclusive menosprezada em outras regiões.
Em Fora de Campo, publicamos, em consonância com o modo particular que a clínica psicanalítica exige para ser contada, o texto de uma conferência realizada por Joel birman no rio de Janeiro, em uma das felizmente já habituais apresentações de Calibán que vêm acontecendo tanto na Cidade Maravilhosa como em porto alegre ou em São paulo, em buenos aires ou em Córdoba, em Madri, Montevidéu, Cidade do México, lima ou Montreal. lá, o que uma vez foi um sonho –ou seja, uma ficção–, o de ter uma revista latino-americana que circule amplamente, que encontre seus leitores e faça com que nos conheçamos entre nós e fora do nosso continente, começa a se tornar uma realidade.
Em Clássica & Moderna, Marcelo Viñar põe em dia outro mestre latino- americano que, para honrar a estrangeiria sempre inerente ao lugar do psica- nalista, nasceu na frança: Willy baranger.
Completa este número, além da nossa Bitácula de viagem, com dados e su- gestões de leitura, uma crônica sobre buenos aires, outra das nossas Cidades
Invisíveis –tão ficcional como real–, onde nos encontraremos, os psicanalistas latino-americanos, no final do inverno, para continuar o debate ao qual, a partir das páginas de Calibán, da aposta desejante e comprometida dos que trabalha- mos nela, tentamos contribuir e estimular.
Mariano Horenstein
editor-chefe de Calibán-RLP
* “Não faço mais do que lutar sempre com a tensão entre ficção e realidade para encontrar a verdade”, em tradução livre.
1. De Certeau, Michel (2007). Historia y psicoanálisis (p. 21), México d.f.: Universidad Iberoamericana.
2. Declarações feitas a Marius de Zayas em 1923, publicadas em maio desse mesmo ano na revista the arts de Nova York.